A Petrobras anunciou nesta sexta-feira, 11 de julho de 2025, a nomeação da engenheira Angélica Garcia Cobas Laureano para assumir a recém-criada Diretoria Executiva de Transição Energética e Sustentabilidade. Com essa indicação, aprovada pelo Conselho de Administração, a empresa atinge um marco inédito em sua história: pela primeira vez a alta administração da estatal é composta por maioria de mulheres, com cinco diretoras entre os nove cargos da diretoria executiva, incluindo a presidência ocupada por Magda Chambriard.
Angélica Laureano soma 45 anos de experiência profissional, 37 deles dedicados à Petrobras, e foi destaque por sua atuação nas áreas de Materiais, Abastecimento, Gás e Energia. Ela já presidiu a Gaspetro e atualmente liderava a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia‑Brasil S.A. Sua nova atribuição envolverá a coordenação de projetos voltados à transição para energias renováveis, descarbonização, gás natural e metas climáticas, alinhada ao compromisso da empresa com emissões líquidas zero até 2050.
A presença majoritariamente feminina na diretoria representa um compromisso claro da Petrobras com a diversidade e equidade de gênero, além de colocá-la na dianteira entre as grandes empresas brasileiras. Segundo o estudo “Mulheres em ações”, da B3 (setembro de 2024), apenas 6% das 359 empresas listadas na bolsa brasileira têm, em seus cargos estatutários, três mulheres ou mais, e 59% delas não possuem representação feminina nesses níveis decisórios.
Em comunicado, a presidente Magda Chambriard afirmou que “a diversidade torna o ambiente mais saudável e produtivo” e expressou esperança de que esse exemplo inspire outras mulheres a buscarem posições de liderança, especialmente no setor de petróleo e gás, tradicionalmente dominado por homens.
Essa transição simbólica se insere em um contexto mais amplo de iniciativas da Petrobras, que em 2024 lançou diretrizes internas para ações afirmativas em processos seletivos, visando alcançar metas estratégicas de representatividade: 25% de mulheres e 25% de pessoas negras em cargos de liderança até 2030, conforme o Plano Estratégico da empresa.
A escolha de Angélica Laureano para liderar esse setor estratégico reforça a postura da Petrobras diante dos desafios da transição energética e da agenda ESG. Ao mesmo tempo, a composição paritária de gênero na diretoria simboliza uma mudança cultural, que reflete esforços sistemáticos para ampliar a representatividade feminina em posições-chave. Essa virada histórica na administração da companhia coincide com uma expectativa crescente de que outras grandes corporações também acelerem a igualdade de gênero em suas estruturas decisórias.
Fonte: Forbes